Hoje iríamos atravessar a Albânia! Que emoção! Saímos cedinho pois ainda teríamos de parar para tomar o pequeno almoço. Tal acabou por acontecer na fronteira onde aproveitámos para trocar algum dinheiro. Seca nas alfândegas e lá vamos nós Albânia a dentro. Os primeiros km's foram até bastante agradáveis. A estrada tinha umas curvas giras e o alcatrão era bastante bom. O primeiro factor estranho foi o facto de haver centenas de locais para lavagem de carros. Eles colocam mangueiras a mandar água para o ar (presumo que aquela cuja água chegue mais longe é a melhor). É estranho que num país aparentemente tão seco haja uma tal falta de cuidado por esse bem precioso. A segunda coisa estranha, mas até certo modo compreensível, é o facto de 3 em cada 4 carros serem Mercedes. Principalmente dos antigos. A condução não é muito má, mas talvez por terem carros grandes circulam sempre no eixo da via (ou um bocadinho para o lado contrário). O nosso trajecto passava por Tirana e isso não foi de facto uma experiência muito agradável. Ainda por cima porque o GPS não tem as estradas e as que tinha estavam em obras. Muito suor depois lá conseguimos encontrar o caminho certo e lá fomos à nossa vida.
Nota-se que é um país bastante pobre onde a falta de multinacionais é notória. Apenas vimos as nossas conhecidas Vodafone e Coca-Cola.
Quase à chegada à fronteira com o Montenegro tivemos a nossa primeira experiência desagradável do dia. 30km's de uma estrada em obras debaixo de um calor insuportável. Depois disto já nos sentiamos prontos para ir fazer o Dakar. De vez em quando apareciam uns 500 mts de alcatrão do bom e parecia que estávamos no paraíso. Mas infelizmente era sol de pouca dura. Conselho! Se forem visitar a Albânia certifiquem-se que esta estrada da fronteira já está pronta.
Entrámos no Montenegro e pensámos: ah vamos beber algo à capital, Podgorica. Não havia sinalética quase nenhuma e não conseguimos descobrir o centro. Enfim...
Água bebida num bar de estrada e lá fomos em busca do nosso hotel. Claro que o gps não tinha sequer a vila onde era o hotel... A dada altura num cruzamento onde o Zé ia à minha frente está um sinal de 50 e eu digo-lhe: Tens de abrandar nestes sinais! Demasiado tarde. Polícia no final do cruzamento e após muita conversa lá conseguimos que a infracção se resolvesse apenas com 50€ por debaixo do pano. Sim, que eles queriam que o Zé fosse a tribunal! Havia de ser bonito.
Lá chegámos finalmente ao hotel que é um restaurante muito conhecido na zona (até o policia o conhecia). Comeu-se bem, bebeu-se muito bem, mas dormiu-se mal. Não havia ar condicionado no quarto que ficava numas águas furtadas e o calor era insuportável. Enfim...
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