O Zé ficou encarregue em toda a viagem do despertador matinal. Neste dia o despertador tocou como sempre e lá nos levantámos. O preço do quarto supostamente incluía o pequeno-almoço pelo que despachámo-nos, carregámos as meninas e demos uma olhadela à procura do “Sami” (o recepcionista tinha todo o aspecto dos indígenas Sami’s). Como não se via vivalma julgámos que o pequeno-almoço era como a televisão (só para enganar) e preparámo-nos para zarpar. Antes de partir a Sandra olha para o seu telemóvel (sempre com a hora portuguesa) e descobre (para grande espanto dos viajantes) que eram 4:40 em Portugal, ou seja 5:40 onde estávamos em vez das 6:40 que pensávamos. Vá lá uma pessoa confiar nas novas tecnologias…O telemóvel actualizou a hora algures na viagem e o Zé não se apercebeu disso ao activar o despertador. Enfim… Como já estávamos prontos e o sol ia (como sempre alto) partimos.
Pelo caminho vimos uma raposa linda que ficou admirada por ver motas tão lindas ali no meio do nada. A estrada escolhida atravessa a Suécia profunda. Tão profunda que nos deparámos com esta bomba de gasolina só com gasóleo. E milhões de mosquitos...A Catarina deu-nos indicação de uma bomba a 20km’s. Lá seguimos, porém essa bomba pura e simplesmente não existia e a próxima era a +40km’s. Vimos logo que o resultado ia ser mau, porém não tínhamos hipótese. A cerca de 15km’s da bomba a mota do Zé começa mesmo a falhar e após vários empurrões pára mesmo. Debaixo do banco da Mariza tínhamos colocado um tubo de plástico que teoricamente serviria para a transfega de gasolina da Mariza para a Trovoada. Toca a tirar a bagagem e apanhar o dito tubo, após o que o Zé tentou chupar gasolina para a Trovoada. Obviamente que só conseguiu ficar roxo e nauseado pois a Mariza também já estava na reserva…Lá desistimos da ideia parva e decidimos que a Sandra ia até à bomba e trazia a bendita gasolina. Siga para bingo. Chegada à bomba a Sandra entra para apanhar algo para levar a gasolina. A quantidade de jarricãns de vários tamanhos indica que a excassez de bombas não nos afectou só a nós…Depois de muito olhar a Sandra perguntou à senhora da bomba se só precisava de levar o jarricã ou se precisava de levar o funil pois tinha o namorada de mota e sem gasolina. Resposta: Ah nós temos um jarricã que emprestamos para estes casos tendo ido às traseiras buscar uma coisa grande de alumínio…Depois de olhar para o tamanho do bicho a Sandra engoliu em seco e arriscou-se a perguntar: Então e não preciso de funil? Ah também temos um… Bem, como não ia deixar a senhora triste toca a meter uns litros de gasolina naquilo, atestar a Mariza e ir ter com o Zé. Chegada ao pé dele o pobre o mal agradecido fartou-se de gozar com o tamanho do jarricã. Uma pessoa a ser prestável e é esta a paga. 1ª moral da história: já podemos ir para o Dakar que a Mariza tem capacidade de carga. 2ª moral da história: Nem no Portugal profundo ficámos assim sem gasolina. Atenção às bombas na Suécia. 3ª moral da história: Bendito Portugal.
Lá seguimos viagem pelas belas, mas sempre iguais, paisagens da Suécia até chegarmos a Östersund. Neste dia não fomos brindados com muita chuva, mas mantivemos os fatos de chuva vestidos o dia inteiro. A terra é muito pacífica e literalmente não se passava nada. Ficámos numa pequena pensão familiar agradável e com um parque para as meninas. O jantar foi num intaliano onde comemos umas belas pizzas.
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