quarta-feira, 30 de maio de 2007

Dia 7: Picos da Europa

O dia amanheceu tal como tinha pedido ao S. Pedro sem chuva, e como tal perfeito para um intenso dia de visitas por todo o parque natural. Depois de carregadas as baterias com “frissuelos” no Hostal, lá seguimos o nosso roteiro do dia: Ir ver o Funicular de Bulnes.
Algumas fotos do percurso

Bulnes é um local ainda bastante inóspito e de acesso bastante condicionado, o que de certa forma permite a quem o visita, questionar se é possível existir um contraste tão grande entre aquela pequena sociedade que ali vai vivendo, e tudo o que nós conhecemos do nosso dia-a-dia…É o que eu chamo: Atrás do sol-posto. Naquele caso, atrás das nuvens. ( http://www.cangasdeonisypicosdeeuropa.com/C_Cabrales/bulnes.htm).

O funicular que nos leva até lá.
Saímos de dentro da terra naquele buraco lá em baixo.
A paragem seguinte foi no também mítico local de Covadonga (http://es.wikipedia.org/wiki/Covadonga) e a sua já muito conhecida capela embutida na rocha.
É um local que além de nos transmitir muito respeito nos leva ao berço da nação espanhola na medida em que é o local onde os mouros começaram a ser derrotados. Pudera, com tanta serra para ultrapassar, devia ser pior que disputar uma partida de futebol em La Paz…A viagem prosseguiu até aos lagos: Enol e la Ercila.
Um local de uma beleza imensurável e que acabou por marcar a nossa viagem. E deve ser muito mais bonito com sol…Em todas as viagens existe um momento pelo qual nos lembramos dela. Esse momento veio a acontecer exactamente na visita aos lagos…A determinada altura, nesta estrada dos lagos, encontramos uma manada de vacas estacionadas bem no meio da estrada. Como animais de bom gosto, assim permaneceram a apreciar a aprimorada estéticas das Ducatis, e sem grandes tensões de se mudarem. Dado que a minha mota faz um despejo de resíduos gasosos de combustão um pouco mais sonoro, tomei a decisão de passar à frente da minha princesa (apenas por uns metros) e dar uns toques e acelerador. E foi vê-las correr, monte acima! Mas a parte boa da história ainda vem a seguir. Uma das miúdas ficou tresmalhada mais abaixo na estrada. Assim que a Ducati Girl parou a mota, a dita vaca encarou de frente a Mariza e olhou como quem não quer a coisa… honestamente, este narrador que se encontrava imediatamente atrás e já em pé (a preparar a fuga, claro) viu a coisa mal parada…A assustada vaca começou lentamente a avançar e o suspense foi imenso! Será que já se conhecem? O quadro em vermelho terá sido boa ideia?A dita avançou lentamente e quando se encontrava já ao lado da 695… cascos para que te quero! Foi vê-la a subir o monte para se juntar às restantes. Claramente assustada…Mas ainda não ficou por aqui, caros ouvintes:Um outro bovino, este já mais à Fernando Mendes começou com a mesma ideia. No entanto, com bastante mais ligeireza veio algo desenfreado em direcção aos viajantes, mas também passou ao lado. Estava recomposta a normalidade… para bem das motas e desta crónica…De acrescentar também, que no dia seguinte, à saída de La Veja, umas primas reconheceram a “pareja” Ducati Girl/Mariza e ainda pensaram em trocar contactos. Mas não houve diplomacia para isso…Bem, não estão mesmo a ver: Já durante o dia tinha tido um ligeiro susto. Vinha a andar muito bem e não propriamente devagar quando um Mercedes em sentido contrário faz assustar uma manada e as vacas vêm mesmo para a estrada. Consegui passar à tangente pelo lado. Depois acontece-me a cena no lago. Eu, com a vaca à minha frente, nem sabia se devia desligar a mota e fugir a pé, se devia engatar a primeira e fintar a vaca passando pelo lado. Era uma decisão tão difícil que optei por ficar quieta com a mota ligada. Visto que o desejo por marisco não havia sido saciado na zona de Bilbao, a próxima paragem programada foi na zona costeira mais a oeste de Bilbao, onde acabámos por finalmente encontrar alguém que nos quisesse vender uns petiscos.Parámos então na zona piscatória de S. Vicente de la Barquera onde comemos bem e pagámos melhor uns bivalves e uns carapaus com bigodes.O jantar foi em Potes, onde mais uma vez fomos brindados com uma leve refeição: O típico cozido

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