A escolha de Ciudad Rodrigo para pernoitar deveu-se a dois factores: por um lado a dificuldade de encontrar alojamento em Salamanca condizente com o orçamento que nos propusemos cumprir, e por esta ser a cidade mais perto de Salamanca com algum interesse turístico. Isto porque Salamanca era uma das escalas obrigatórias da nossa viagem. Salamanca, com o feriado do 1 de Maio, estava a fervilhar de turistas. Assim, no segundo dia lá fizemos a ligação a Salamanca, cerca de 90km, onde constatámos o que já havíamos constatado no dia anterior: a construção de autovias em perfeito paralelo com as estradas estatais espanholas. E quando digo em paralelo, é mesmo paralelo. Estes 90km até Salamanca são traçados a 95% igualmente pela estrada estatal ou pela autovia.O que me permite tirar duas conclusões, aliás, comprovar dois indicadores que já me eram familiares:1. Os espanhóis, não lhes retirando o mérito de serem grandes empreendedores, são na sua generalidade burros, e tal torna-se visível na falta de soluções diferenciadoras no traçado das autovias. Comprova-se que a única explicação plausível para o crescimento acima da média da economia espanhola é assente num modelo artificial de fomento à construção, neste caso concreto, de obras públicas. E isso paga-se mais tarde…Ignorando este pequeno aparte, chegados a Salamanca, mergulhámos no muito que há para conhecer nesta cidade. A Catarina até estava confundida com a proximidade entre as estradas. É de facto impressionante e aborrecido pois ambas as estradas são a direito. O factor cultural está presente em qualquer esquina, e existe um culto pelo turismo cultural nesta cidade. A esse facto não estará alheio a existência secular de uma universidade e das múltiplas manifestações religiosas sob a forma de monumentais edificações. Como seria impossível retratar a magnitude do que por lá se vê, estas fotos não fazem justiça a verdadeira imponência da arquitectura, o que obrigará os interessados a uma visita in loco que permita confirmar o que aqui se tenta descrever. É mesmo uma cidade lindíssima, como aliás já esperava. Tive de facto pena de não termos conseguido pernoitar por lá. Para quem conhece, existe para lá um mito/lenda/superstição acerca de uma rã na fachada da Universidade Civil, e parece que dá sorte encontrá-la. Obviamente que aqui não vai constar a foto da mesma…Querido estás desatento… A rã aparece nas fotos…Com o regresso a Ciudad Rodrigo, completou-se mais um dia da nossa viagem, sendo que no dia seguinte partiríamos para Bilbao, com uma paragem (ou não…) pela cidade de Burgos. Calmamente, pensámos nós…Não referes o nosso passeio nocturno? Sim, houve alguém que depois de jantar disse: ah vamos por aqui para o hotel que deve ir lá dar. Já estávamos quase no fim da cidade quando alguém resolve perguntar o caminho. Tínhamo-nos desviado alguns km’s da rota prevista.
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